03 - Depois disso, falei, compara nossa natureza, no que se refere à educação ou à ausência de educação, com uma experiência como esta. Imagina homens que estão em uma morada subterrânea, semelhante a uma furna, cujo acesso se faz por uma abertura que abrange toda a extensão da caverna que está voltada para a luz. Lá estão eles, desde a infância, com grilhões nas pernas e no pescoço de modo que fiquem imóveis onde estão e só voltem o olhar para a frente, já que os grilhões os impedem de virar a cabeça. De longe chega-lhes a luz de uma fogueira que arde num local mais alto, atrás deles, e, entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho em aclive ao longo do qual se ergue um pequeno muro semelhante ao tabique que os mágicos põem entre eles e os espectadores quando lhes apresentam suas habilidades. PLATÃO. A República: Livro X. [Trad.: Anna Lia Amaral de Almeida Prado]. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 267. O trecho e a imagem abaixo se referem ao Livro VII de A República de Platão. Na Alegoria da Caverna * (A) o interior da caverna representa o mundo inteligível, mundo das ideias, a realidade das formas e o exterior da caverna o mundo ilusório e enganador. (B) Platão busca apresentar a ideia de que o prisioneiro liberta-se das sombras ilusórias, a partir da familiarização com a esfera imediata da sensibilidade. (C) a existência na dimensão dos sentidos e do sensível é a caverna e a existência à luz do sol é plenitude, pureza a vida na dimensão do espírito. (D) o sol pode ser compreendido diretamente, é sensível e pode ser visto, descoberto pelos sentidos. (E) expressa o modo como o filósofo deve proceder tendo em vista as capacidades sensíveis, a ligação com a doxa.
