Leia o texto e identifique os argumentos do autor que ressaltam as permanências e mudanças nas sociedades europeias durante a Idade Média e a Idade Moderna. Centralizar a administração, incorporar territórios, fortalecer o poder monárquico, tudo isto era inseparável da afirmação do direito di­vino dos príncipes, da legitimação hereditária do seu poder, enfim, da construção do absolutismo monárquico em sua teoria e prática. Neste particular, o século XVI ressalta uma espécie de estágio ou fase a meio caminho entre as características do poder monárquico no final da Idade Média e as que irão identificá-lo a partir do século XVII. No século XVI, apesar de podermos constatar muitas realidades práticas do abso­lutismo em várias monarquias europeias, ainda persistem diversas for­mas de assembleias de estados, gerais ou provinciais, que constituem instâncias representativas das resistências opostas pelos segmentos so­ciais privilegiados ao avanço das pretensões absolutistas do poder real. [...]

De acordo com o autor, as instituições políticas na Europa durante a Idade Moderna

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a. marcam uma ruptura revolucionária entre esse período e a Idade Média, já que criaram formas de permitir a manifestação política dos diversos segmentos sociais, como, por exemplo, as assembleias de estados.

b. revelam o caráter transitório de seus séculos iniciais, já que os Estados preservaram instituições políticas que potencialmente limitariam o avanço do poder do rei num período em que diversas medidas estatais caminhavam no sentido oposto.

c. refletem a permanência da estrutura política dos Estados medievais na Europa, especialmente a fragmentação do poder político, resultando na redução da função real ao comando militar no reino.

d. são equivocadamente interpretadas como absolutistas, pois apesar da teoria do direito divino, as instituições políticas e administrativas apresentam uma estrutura democrática, no interior da qual as decisões eram resultado do embate entre os interesses dos diversos segmentos sociais.

e. denotam seu perfil transitório, pois, enquanto as monarquias feudais eram legitimadas teoricamente de acordo com a mentalidade religiosa, na Idade Moderna, em toda a Europa, a legitimação teórica da soberania real era feita pelo viés racional.