Com o advento da industrialização e do colonialismo [...] ocorreu uma ruptura conceitual. “Recursos naturais” passaram a ser aquelas partes da natureza que seriam necessárias como matéria-prima para a produção industrial e para o comércio colonial [...] É evidente que, com essa nova visão, despiu-se a natureza de seu poder criativo e fez-se dela um repositório de matérias-primas que aguardam sua transformação em insumos para a produção de mercadorias. Recursos passam a ser meramente “qualquer material ou quaisquer condições existentes na natureza, passíveis de serem explorados economicamente”. Perdida a capacidade de regeneração, perde-se também a atitude de reciprocidade: hoje é o ser humano que, com seu espírito inventivo e seu trabalho, empresta valor à natureza. Pois recursos naturais precisam ser “desenvolvidos”. SHIVA, V. Recursos naturais. In: SACHS, W. (Ed.). Dicionário do
desenvolvimento: guia para o conhecimento como poder.
Petrópolis: Vozes, 2000. p. 300.

As relações entre a sociedade e o meio físico são caracterizadas por uma ruptura, pois

A
o desenvolvimento dos recursos naturais precisa levar em conta a necessidade de expandir o comércio.

B
a natureza perde seu valor econômico e social a partir do advento da industrialização e do colonialismo.

C
o problema relacionado à exploração do meio físico, possui o período colonial como sua principal causa.

D
a substituição de matérias-primas por outras menos escassas é o suficiente para resolver o problema citado.

E
a abundância de recursos naturais nas colônias possibilitou a ruptura da reciprocidade entre meio e sociedade.